foto: Franck Robichon/NYT, mais fotos no slide show do NYT
O jornal mais influente do mundo, o New York Times, publicou hoje uma reportagem sobre a ajuda do retorno , a reporter Hiroko Tabuchi esteve na palestra explicatva no dia 8 de abril do Hello Work em Hamamatsu onde cerca de 400 brasileiros fizeram fila para ouvirem as explicações.
Alem de depoimentos dramaticos de brasileiros, Hiroko entrevistou Hidenori Sakanaka diretor do Instituto de Políticas de Imigração que classificou como ¨Uma desgraça¨ a medida do governo japonês.¨Nós podemos estar em recessão agora, mas é claro que não teremos um futuro sem trabalhadores estrangeiros, é um tiro no pé¨ afirmo Sakanaka ao NYT.
Quando nossos ancestrais foram ao Brasil em busca de uma oportunidade, houve alguma ajuda do governo brasileiro para adaptação ao mercado de trabalho brasileiro? Haviam cursos de português para eles?
Apesar de todas essas dificuldades, nossos ancestrais, com muita garra, força de vontade e determinação conseguiram superar as barreiras, alcançar objetivos e se educarem.
Todos nós sabemos que o Japão abriu as portas aos estrangeiros pela falta de mão de obra japonesa. Já que nos foi dada essa chance, porque muitos não aproveitaram essa oportunidade e trabalharam firmemente? Tenho até vergonha de publicar o fato de que tenho parentes que estão há mais de 10 anos no Japão e não têm nem o dinheiro da passagem de volta ao Brasil....
Somos brasileiros em um país estrangeiro. Tenho muito orgulho de poder mostrar aos japoneses que posso fazer tão bem ou melhor o serviço que um japonês faz.
Agora, já que somos do Brasil, o governo brasileiro é que deveria tomar as providências para que não haja esse processo emigratório, dando educação, trabalho, saúde em nosso país. Da mesma forma deveria tomar providências a nossos conterrâneos no exterior.
Se o Japão está dando essa ajuda, em vez de descriminá-los, vamos pensar um pouco. Por que o Brasil não nos deu alguma ajuda? Obviamente, antes de aceitar qualquer tipo de ajuda, temos que pensar nas possíveis consequencias a serem geradas posteriormente. Como não há a obrigatoriedade de aceitar esse tipo de ajuda, pensem duas, três vezes antes de criticar alguma medida que possa parecer ¨discriminatória¨.